Paulo Twiaschor salienta que a certificação WELL vem se consolidando como um diferencial competitivo no mercado imobiliário corporativo. Enquanto outras certificações priorizam eficiência energética e impacto ambiental, o WELL coloca o foco na saúde e no bem-estar dos ocupantes. Esse modelo avalia aspectos como qualidade do ar, iluminação, conforto térmico e acústico, criando ambientes que favorecem produtividade, valorização patrimonial e qualidade de vida.
O que é a certificação WELL e seus principais critérios?
Desenvolvida pelo International WELL Building Institute (IWBI), a certificação WELL se baseia em dez categorias de avaliação, que incluem ar, água, iluminação, nutrição, movimento, saúde mental e inovação. O objetivo é assegurar que os edifícios corporativos ofereçam condições que promovam equilíbrio físico e psicológico aos usuários.

Para atender aos critérios, projetos precisam incorporar sistemas avançados de filtragem de ar, iluminação circadiana, materiais livres de compostos tóxicos e soluções que incentivem ergonomia e integração com áreas verdes. Trata-se de uma abordagem que exige inovação técnica e planejamento integrado desde a concepção da obra.
Na visão de Paulo Twiaschor, essa estrutura de avaliação transforma a maneira como a engenharia e a arquitetura enxergam os espaços corporativos, colocando o usuário no centro das decisões de projeto.
Benefícios para empresas e colaboradores
Empresas que atuam em edifícios certificados pelo WELL percebem benefícios claros: redução de doenças respiratórias, menos fadiga ocular, maior concentração e melhora do bem-estar geral dos colaboradores. Tais fatores impactam diretamente na produtividade, além de reduzir índices de absenteísmo.
Ao mesmo tempo, a valorização da saúde dos funcionários fortalece a imagem das organizações, que passam a ser vistas como empregadoras de referência. Esse aspecto contribui para a retenção de talentos e reforça o posicionamento estratégico das marcas no mercado.
Paulo Twiaschor enfatiza que esse alinhamento entre valorização das pessoas e resultados corporativos explica por que a certificação WELL vem crescendo em relevância entre investidores e empresas.
Valorização imobiliária e retorno sobre o investimento
Além dos benefícios aos ocupantes, edifícios WELL certificados alcançam maior valorização imobiliária. Investidores percebem o selo como uma garantia de inovação e qualidade, o que aumenta a atratividade dos empreendimentos.
Embora a implantação demande investimentos adicionais em infraestrutura e tecnologia, o retorno aparece a médio prazo, tanto na redução dos custos operacionais quanto na valorização do ativo. O cenário global, que prioriza bem-estar e sustentabilidade, fortalece ainda mais esse processo de valorização.
Conforme Paulo Twiaschor, o WELL deve ser encarado como um investimento estratégico, capaz de assegurar longevidade ao patrimônio e retorno consistente ao longo do tempo.
O papel da engenharia na conquista do WELL
A conquista da certificação WELL depende da integração entre diversas disciplinas. Engenheiros precisam coordenar projetos de climatização, hidráulica, acústica e iluminação de forma alinhada, garantindo conformidade com os parâmetros exigidos.
Ferramentas digitais, como o BIM, são essenciais nesse processo, pois permitem simulações ainda na fase de planejamento, antecipando ajustes e aumentando a eficiência. Além disso, sensores inteligentes asseguram monitoramento contínuo dos ambientes, garantindo que o desempenho do edifício seja mantido após sua entrega.
Paulo Twiaschor evidencia que esse caráter multidisciplinar reforça o papel da engenharia como protagonista na transformação dos ambientes corporativos em espaços mais humanos e eficientes.
O futuro das certificações de bem-estar no Brasil
Com o fortalecimento da agenda ESG e a crescente valorização de ambientes saudáveis, a certificação WELL tende a se expandir no Brasil. Grandes centros empresariais já se adaptam para atender aos critérios, enquanto novos empreendimentos incorporam o selo desde o projeto.
Essa tendência acompanha uma mudança cultural mais ampla: empresas e investidores reconhecem que priorizar a saúde dos ocupantes é também uma estratégia de competitividade. A construção civil, nesse cenário, se posiciona como agente de inovação e de transformação social.
Paulo Twiaschor conclui que os edifícios corporativos certificados pelo WELL representam um novo patamar para o setor. Mais do que empreendimentos sustentáveis, são espaços que unem qualidade de vida, inovação e desempenho, definindo um futuro mais humano e eficiente para o ambiente construído.
Autor: Alexey Orlov