De acordo com Fernando Bruno Crestani, a transição para cidades inteligentes não é mais uma visão futurista: está em andamento em diversas regiões do Brasil e do mundo. A base dessa transformação está na infraestrutura urbana conectada, que integra tecnologia, planejamento e serviços públicos para melhorar a qualidade de vida da população. Essa integração é essencial para atender às demandas crescentes de mobilidade, segurança, sustentabilidade e eficiência urbana.
O que caracteriza uma cidade inteligente?
Uma cidade inteligente se distingue pelo uso estratégico de tecnologias digitais para gerir recursos urbanos de forma eficiente e responsiva. Isso inclui desde sensores em semáforos para controle de tráfego até sistemas de coleta de dados para prever demandas por energia, água e transporte.
De acordo com Fernando Bruno Crestani, esse modelo urbano busca oferecer soluções que antecipem problemas, otimizem serviços públicos e criem ambientes mais sustentáveis e inclusivos. O uso intensivo de dados e a conexão entre equipamentos e serviços — a chamada Internet das Coisas (IoT) — são a espinha dorsal dessa estrutura.
Infraestrutura conectada: mais do que tecnologia
Quando se fala em infraestrutura conectada, o conceito vai muito além da digitalização. Envolve a modernização física de redes de transporte, energia, comunicação e saneamento, com foco na integração entre elas.
Fernando Bruno Crestani observa que, ao conectar sistemas tradicionalmente isolados, a cidade passa a operar como um organismo inteligente. Um exemplo disso é o cruzamento de dados de mobilidade com sensores de qualidade do ar, permitindo à gestão pública reorganizar rotas de ônibus e incentivar o uso de modais sustentáveis.
Impacto direto no mercado imobiliário
Empreendimentos localizados em áreas que adotam infraestrutura urbana conectada ganham destaque no mercado imobiliário. A valorização desses imóveis é impulsionada pela atratividade que oferecem: acesso facilitado ao transporte público, segurança reforçada por videomonitoramento, redes elétricas mais estáveis e proximidade de serviços digitais.

Conforme aponta Fernando Bruno Crestani, a tendência é que projetos imobiliários que dialoguem com essas tecnologias se tornem preferenciais entre compradores e investidores, justamente por entregarem uma experiência urbana mais completa e atualizada.
Sustentabilidade como pilar da inteligência urbana
A infraestrutura conectada também tem papel decisivo na promoção de práticas sustentáveis. Sistemas inteligentes de iluminação pública, por exemplo, reduzem o consumo de energia por meio de sensores de presença. Já a gestão automatizada de resíduos permite rotas otimizadas de coleta e incentiva a separação correta do lixo.
Esses recursos não apenas diminuem o impacto ambiental das cidades como também geram economia para os cofres públicos — um fator que, segundo Fernando Bruno Crestani, vem sendo cada vez mais considerado nos projetos de urbanismo e incorporação.
Desafios e oportunidades para o futuro
Embora o conceito de cidades inteligentes avance, sua implementação ainda encontra desafios estruturais. É necessário investimento contínuo em conectividade, capacitação técnica e atualização da legislação urbana. Além disso, a participação cidadã é essencial para que a tecnologia não exclua, mas promova inclusão social e acesso equitativo aos benefícios gerados.
Fernando Bruno Crestani destaca que o envolvimento do setor privado, especialmente em parcerias público-privadas, será determinante para expandir e manter essas infraestruturas de forma eficiente. Incorporadoras, operadoras de telecomunicações e empresas de tecnologia têm papel fundamental nesse ecossistema.
Conclusão: conectividade como estratégia de desenvolvimento urbano
A infraestrutura urbana conectada é o alicerce sobre o qual se constrói uma cidade inteligente. Mais do que um diferencial, ela se torna uma exigência diante dos desafios contemporâneos — como o crescimento populacional, a escassez de recursos e a necessidade de garantir qualidade de vida.
Para o mercado imobiliário, esse movimento representa uma oportunidade única de inovar, gerar valor e oferecer empreendimentos alinhados às demandas de uma sociedade cada vez mais digital e conectada. Conforme frisa Fernando Bruno Crestani, o futuro das cidades será definido por quem souber construir pontes entre a tecnologia e o bem-estar coletivo.
Autor: Alexey Orlov