O avanço da inteligência artificial tem proporcionado inovações em diversas áreas, mas também abriu caminho para novas formas de fraude digital. Em um caso recente, golpistas utilizaram tecnologia de deepfake para simular a imagem e a voz de um executivo durante uma videoconferência empresarial, induzindo funcionários a realizarem transações financeiras fraudulentas. O advogado especializado em crimes digitais, o Dr. Jonatas Lucena, alerta que a utilização de recursos de IA para enganar e manipular vítimas exige uma resposta jurídica rigorosa e atualizada.
A fraude foi descoberta após a empresa identificar divergências nas ordens dadas pelo suposto executivo durante a reunião. Investigações apontaram que os criminosos se utilizaram de vídeos públicos do profissional, reproduzindo com precisão suas feições e entonação vocal por meio de softwares avançados. O objetivo era convencer os participantes da reunião a aprovar pagamentos para contas controladas pelos golpistas.
Deepfake como ferramenta de crime cibernético
A tecnologia de deepfake, inicialmente usada em entretenimento e publicidade, tem sido apropriada por criminosos para fraudes altamente sofisticadas. Ao criar vídeos ou áudios falsos, porém convincentes, os golpistas conseguem se passar por pessoas reais, inclusive em tempo real, enganando até mesmo profissionais experientes.
O advogado o Dr. Jonatas Lucena explica que, nesses casos, além da fraude patrimonial, há violação da identidade e imagem da pessoa falsamente representada, que também pode ser vítima do crime. Empresas e profissionais devem estar atentos a essa nova realidade e adotar protocolos de segurança que considerem esse tipo de risco.
A legislação brasileira, embora ainda esteja se adaptando à velocidade dos avanços tecnológicos, já prevê punições para falsidade ideológica, estelionato eletrônico e crimes contra a honra, além da possibilidade de ações civis por danos materiais e morais.

Como proteger a empresa de fraudes com deepfake
Diante do crescimento dessas práticas, é fundamental que as empresas adotem medidas preventivas, especialmente em ambientes virtuais de tomada de decisão. A implementação de autenticação multifatorial, confirmação cruzada de ordens por outros canais e treinamento dos colaboradores para reconhecer sinais de fraude são passos essenciais.
O advogado o Dr. Jonatas Lucena recomenda ainda a criação de protocolos específicos para videoconferências e transações sensíveis, com procedimentos que dificultem a atuação de golpistas. Além disso, é importante manter registros de reuniões, mensagens e arquivos compartilhados, que podem servir como provas em caso de necessidade jurídica.
A rápida comunicação com autoridades e o acionamento de suporte jurídico especializado também são decisivos para conter prejuízos e iniciar as investigações.
O papel da Justiça diante das fraudes com inteligência artificial
Embora a tecnologia avance mais rápido que a legislação, o Judiciário brasileiro tem demonstrado sensibilidade às novas formas de crime digital. Quando comprovada a má-fé e o uso indevido de imagem e identidade para obter vantagem indevida, os autores podem ser responsabilizados tanto na esfera criminal quanto cível.
O advogado o Dr. Jonatas Lucena atua na linha de frente desses casos, buscando medidas judiciais urgentes, como bloqueio de valores, rastreamento de IPs e responsabilização de plataformas envolvidas. Segundo ele, o desafio jurídico é combinar agilidade processual com rigor técnico, garantindo proteção efetiva às empresas e indivíduos prejudicados.
A importância de agir rápido e com suporte especializado
Casos envolvendo deepfake exigem atuação imediata. O tempo entre a descoberta da fraude e a adoção de medidas legais pode ser determinante para evitar maiores prejuízos. A coleta de provas digitais, a notificação às instituições financeiras e o ajuizamento de ações judiciais com pedido de liminar são estratégias fundamentais nessa resposta.
O advogado o Dr. Jonatas Lucena reforça que a tecnologia pode ser aliada ou ameaça — e cabe às empresas se prepararem para ambos os cenários. Com suporte jurídico adequado e uma cultura de segurança sólida, é possível enfrentar até mesmo as fraudes mais sofisticadas da era digital.